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domingo, 28 de abril de 2013

Hipertensão afeta jovens brasileiros


Dia 26 de abril, foi o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, doença que vem crescendo no país. A proporção de brasileiros diagnosticados passou de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010, de acordo com o Ministério da Saúde.
Segundo dados da Associação Brasileira de Hipertensão, o problema já afeta também os jovens. Cerca de 5% das crianças e dos adolescentes brasileiros sofrem de hipertensão.
A causa, explica o nefrologista Sérgio Veloso, professor do Departamento de Pediatria, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está relacionada, na maior parte das vezes, a um estilo de vida que reúne sedentarismo e alto consumo de alimentos industrializados.
— O aumento da violência é outro motivo que impede que as crianças saíam na rua para brincarem. Assim, elas se exercitam menos. Isso tem contribuído para o aumento de crianças sedentárias e, consequentemente, para o surgimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, cada vez mais cedo — justifica.
Segundo a cardiologista Rosália Morais Torres, professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o que é mais grave é que se trata de uma doença silenciosa.
— As pessoas não percebem que têm hipertensão, e a primeira manifestação pode ser grave, como um derrame, um infarto ou outro problema que pode afetar a qualidade e reduzir a expectativa de vida do indivíduo — alerta Rosália.
Além do coração e do cérebro, a hipertensão arterial também pode afetar os olhos, diminuindo a visão, os rins e as artérias.
— É importante frisar que o risco cresce à medida que a pressão arterial aumenta — lembra a professora.
As crianças normalmente seguem os hábitos alimentares dos pais. O professor Sérgio Veloso alerta ainda para o fato de que algumas escolas servem refeições ricas em carboidratos, o que pode contribuir para o desenvolvimento da hipertensão.
— Há alguns anos, as escolas públicas serviam no intervalo pratos como macarrão. O objetivo era prevenir a desnutrição. Contudo, algumas escolas ainda continuam a servir essas refeições — completa.
Em bebês, a maioria dos casos de hipertensão vem de fatores secundários decorrentes de outros males, como estreitamento da aorta, inflamação dos rins ou tumores suprarrenais. Bebês que nascem abaixo do peso, prematuros, além dos recém-nascidos que não amamentaram, também podem apresentar hipertensão no futuro.
Segundo os médicos, prevenir é a saída mais eficaz. Filhos de pai ou mãe com hipertensão têm 30% de chances de também se tornar hipertenso. Se os dois pais tiverem a doença, o risco da hipertensão e de cerca de 50%.
Atentos ao assunto, pais e médicos devem se preocupar em manter a pressão dos pequenos sob controle desde cedo. A medição precisa ser parte do exame de rotina anual para todas as crianças acima de três anos de idade. Abaixo dessa idade, a pressão deve ser aferida pelo menos uma vez, com um aparelho de medir pressão (esfigmomanômetro) do tamanho que se ajusta adequadamente ao braço dos pequenos.
Incluir atividade física no dia a dia e alimentos saudáveis, além de retirar o excesso de sal nas refeições, são outros passos importantes para manter a pressão arterial no nível adequado, de crianças e adultos.
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